Advogado, irmão e amigo são mortos a facadas durante confraternização no Ceará
Reunião de família em distrito de Sobral se torna cenário de brutalidade, deixando três vítimas fatais e comunidade em choque.
Redação GCE 
Na noite desta segunda-feira (24), uma casa no distrito de Rafael Arruda, localizado em Sobral, interior do Ceará, tornou-se palco de uma terrível tragédia. Um advogado, identificado como Raimundo Nonato Arruda, proprietário do imóvel onde ocorreu o crime, seu irmão Anastácio Amorim Arruda, bancário aposentado, e um amigo chamado Manoel Procópio foram brutalmente assassinados a facadas durante uma confraternização. Outras três pessoas que estavam presentes no local conseguiram escapar ilesas.
Raimundo Nonato Arruda, conhecido como Nonato, também atuava como procurador adjunto na Prefeitura de Graça, município próximo a Sobral. Sua morte provocou grande consternação, e a Prefeitura de Graça emitiu uma nota de pesar destacando suas qualidades: "Homem íntegro, de boa índole, com atitude de correição e humano. Que o pai de todos o receba com braços abertos."
Por sua vez, Anastácio Amorim Arruda, irmão de Nonato, tinha uma carreira no ramo bancário e foi gerente do Banco do Nordeste de Piripiri até sua aposentadoria. Há mais de duas décadas, ele residia na cidade do Piauí, tendo recebido, em 2014, o título de Cidadão Piripiriense da prefeitura local. A viagem a Sobral estava relacionada a um período de lazer e descanso.
Segundo relatos de um sobrevivente, o momento da confraternização na casa de Nonato era de descontração, mas tudo mudou abruptamente com a chegada do suspeito do crime, que se aproximou em uma bicicleta. O assassino permaneceu sentado por cerca de 25 minutos, aparentemente tranquilo e sem demonstrar qualquer reação. Porém, de forma súbita e sem motivação aparente, ele iniciou uma série de ataques com uma faca, tendo como primeira vítima o próprio advogado.
O sobrevivente, que preferiu não se identificar, contou detalhes chocantes do ocorrido. Ele relatou que conseguiu escapar com sua namorada e outro rapaz, chamado Miguel, enquanto o agressor desferia golpes impiedosos contra as vítimas indefesas.
De acordo com os depoimentos do sobrevivente, o assassino não proferiu nenhuma palavra durante o ataque e, depois de cometer os crimes, empreendeu fuga do local. No decorrer da fuga, ele deixou cair uma mochila, na qual foram encontrados objetos curiosos, como uma bomba de pneu de bicicleta, uma garrafa de cachaça e outra contendo um líquido que se assemelhava a gasolina.
Sabe-se que o suspeito era conhecido de alguns moradores do distrito, embora o sobrevivente afirmasse não tê-lo visto anteriormente. Segundo relatos, o indivíduo era considerado antissocial, recluso e de pouca interação com a comunidade.
As vítimas, mesmo socorridas por populares e encaminhadas ao Hospital Municipal Carlos Jereissati (HMCJ), em Mucambo, não resistiram aos ferimentos e foram declaradas mortas na unidade médica.
As investigações estão em andamento para esclarecer as circunstâncias do trágico evento e identificar os motivos que levaram o suspeito a cometer os assassinatos brutais durante a reunião de confraternização na casa de Nonato Arruda. A comunidade local encontra-se abalada diante dessa terrível perda de três vidas e aguarda respostas das autoridades competentes.
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