Ceará começa a aplicar vacina bivalente da Covid-19 em 27 de fevereiro

O primeiro lote da vacina bivalente da Pfizer foi recebido pelo Estado, com 32.400 doses e um total de 729.480 doses devem ser recebidas até 22 de fevereiro.

Por Redação GCE . Em 13/02/2023 - 18:03h  |  Atualizado em:  14/02/2023 - 09:16h

Ceará começa a aplicar vacina bivalente da Covid-19 em 27 de fevereiro
© Fabio Rodrigues/Agência Brasil
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A partir do próximo dia 27 de fevereiro, o Ceará iniciará uma nova fase de vacinação contra a Covid-19, de acordo com o planejamento do Ministério da Saúde (MS).

Nesta campanha, será aplicada a dose de reforço com a vacina bivalente, que tem como objetivo aumentar a produção de anticorpos contra o Sars-Cov-2, o vírus causador da doença, bem como contra a variante Ômicron e suas sublinhagens.

Requisitos para Receber a Vacina

Para receber a vacina, é necessário ter pelo menos 12 anos de idade e ter completado o esquema primário de vacinação, com a primeira e segunda doses, há pelo menos quatro meses.

A meta da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) é vacinar pelo menos 90% da população alvo de cada grupo prioritário, com estimativas de que 618.312 pessoas serão vacinadas na primeira fase da campanha.

Chegada das Vacinas ao Ceará

O primeiro lote de vacinas, composto por 32,4 mil doses da vacina bivalente da Pfizer, já chegou ao Ceará em 7 de fevereiro. Os próximos lotes estão previstos para as quartas-feiras, 15 e 22 de fevereiro, com 64,8 mil e 632.280 doses, respectivamente, totalizando 729.480 doses.

Grupos Prioritários da Primeira Fase

Os grupos prioritários da primeira fase serão: pessoas com 70 anos ou mais; pessoas vivendo em instituições de longa permanência, incluindo abrigados, e seus trabalhadores; pessoas imunocomprometidas; comunidades indígenas; populações ribeirinhas e quilombolas.

Grupos Prioritários por Fase

A seguir, estão listadas as etapas e fases da campanha de vacinação contra a Covid-19 no Ceará:

Etapa 1 - Reforço com a Vacina Bivalente

Fase 1:

    • Pessoas com 70 anos ou mais;
    • Pessoas vivendo em instituições de longa permanência, incluindo abrigados, e seus trabalhadores;
    • Pessoas imunocomprometidas a partir de 12 anos de idade;
    • Comunidades indígenas;
    • Populações ribeirinhas;
    • Quilombolas.

Fase 2:

    • Pessoas com 60 a 69 anos.

Fase 3:

    • Gestantes e puérperas

Fase 4:

    • Profissionais de saúde

Fase 5:

    • Pessoas com deficiência permanente

Mortalidade pela Covid-19

O secretário executivo de Vigilância em Saúde, Antônio Lima Neto, enfatiza que o cenário atual da Covid-19 no Ceará é de baixa transmissão de forma uniforme. No entanto, ele destaca a importância dos municípios continuarem monitorando principalmente a testagem e o atendimento para detectar mudanças na "tendência epidemiológica", já que ainda podem haver novas variantes do Sars-Cov-2 circulando entre a população.

De acordo com o secretário, a eliminação completa do Sars-Cov-2 está "meio fora de cogitação" e, mesmo com baixa transmissão, o vírus ainda está circulando. É por isso que ele enfatiza a importância da vacinação anual contra a doença.

"O que provavelmente pode acontecer é o declínio da imunidade. Daí a necessidade de um reforço", afirma.

Lembrando as cinco ondas da pandemia pelas quais o Ceará já passou, o secretário aponta para a subnotificação, que esteve presente por diferentes motivos tanto na primeira quanto nas duas últimas ondas. Na primeira onda, a subnotificação ocorreu devido à falta de acesso a testes diagnósticos. Nas duas últimas ondas, a subnotificação foi caracterizada tanto por casos mais leves, o que levou as pessoas a não procurarem serviços de saúde e não fazerem o teste, quanto pela proteção causada pela vacinação e infecção natural, o que impactou na letalidade. Observe que os autotestes não são contabilizados oficialmente.

Em janeiro deste ano, 12 pessoas morreram devido à Covid-19 no estado. De acordo com o secretário, em quase todos os casos, é necessário fazer "uma investigação minuciosa" para atribuir oficialmente a causa da morte ao Sars-Cov-2.

"Isso não acontecia antes da vacina. No início, com uma agressividade imensa e imediata, o paciente tinha o que chamamos de pneumonite, uma agressão às vias aéreas superiores. O paciente ficava com falta de ar devido à insuficiência respiratória e acabava falecendo", explicou.

Atualmente, é mais comum que o óbito ocorra em pacientes mais idosos — sobretudo acima de 75 anos — e com alguma comorbidade. Por esse motivo, ele destaca a importância de investigações realizadas por comitês estaduais e municipais para confirmar a relação dos óbitos com a Covid-19.

A vacinação é uma ferramenta importante na proteção contra a doença, já que antes, "com uma agressividade imensa, imediata, o paciente tinha o que chamamos de pneumonite, uma agressão de vias aéreas superiores. O paciente, com insuficiência respiratória, ficava com falta de ar e terminava falecendo".