Ex-vereador de Sobral é preso por estelionato durante mandato
Romário de Sousa enganava vítimas com falsas vagas de táxi e emprego, resultando em condenações criminais.
Redação GCE 
Na última sexta-feira (26), a Polícia Civil do Ceará (PCCE) cumpriu um mandado de prisão por sentença condenatória contra o ex-vereador de Sobral, Romário Araújo de Sousa. O político foi condenado a 2 anos e 1 mês de prisão por estelionato, crime cometido durante o exercício do seu mandato.
Romário, conhecido como "Conselheiro Romário", foi eleito vereador em 2016 com 1.183 votos. Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS), ele possui antecedentes criminais relacionados a estelionato e apropriação indébita.
A reportagem buscou contato com a defesa do ex-vereador neste domingo (28), porém até o momento não obteve respostas.
De acordo com documentos obtidos pela reportagem, o mandado de prisão estava em aberto devido a uma condenação na 2ª Vara Criminal da Comarca de Sobral. A pena, fixada em 2 anos e 1 mês de prisão, deveria ser cumprida em regime semiaberto.
No entanto, como Romário não estava sendo monitorado por tornozeleira eletrônica nem estava sob custódia em uma unidade prisional, o Ministério Público do Ceará (MPCE) recomendou a regressão cautelar para o regime fechado. A sugestão foi acatada pela Justiça Estadual na última quinta-feira (25).
Ex-vereador engana vítimas com ofertas de emprego
Além da condenação por estelionato durante o seu mandato, Romário de Sousa também foi sentenciado a 3 anos e 4 meses de reclusão em regime semiaberto. Essa condenação ocorreu em 2019, na 3ª Vara Criminal de Sobral, por outro crime de estelionato. Na ocasião, ele foi acusado de solicitar R$ 2.400 a um homem em troca de uma vaga de táxi, que nunca existiu.
Pelo menos 36 pessoas procuraram a Delegacia Regional de Sobral para denunciar os golpes praticados pelo ex-vereador. Além das falsas vagas de táxi, o político oferecia cargos de fiscal de gestão vinculados à Secretaria de Educação do Estado do Ceará, com remuneração de R$ 2.400 e carga horária de 20 horas semanais. Para conseguir o emprego, as vítimas eram obrigadas a realizar um curso de capacitação, pelo qual era cobrada uma taxa de matrícula no valor de R$ 900.
"Apurou-se que o denunciado, que é vereador no Município de Sobral, se aproveitava do seu cargo e do fato de conhecer muitas pessoas para abordar as vítimas, tanto pessoalmente quanto por meio das redes sociais, oferecendo-lhes uma vaga de emprego. Dessa forma, ele obteve vantagem ilícita em prejuízo dos outros, induzindo as vítimas a erro mediante a falsa promessa de emprego", definiu o MPCE.
O ex-vereador agora está sob custódia e deverá cumprir sua pena no regime fechado. As autoridades estão investigando mais detalhes sobre as atividades fraudulentas de Romário de Sousa, visando identificar e auxiliar todas as vítimas envolvidas.
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