Operação Akuanduba da PF apura crimes em órgãos ambientais

Operação investiga exportação ilegal de madeira para Estados Unidos e Europa. Ao todo, 160 policiais federais cumprem 35 mandados, inclusive nos apartamentos de do Ministro do Meio Ambiente e do Presidente do IBAMA.

Por Redação GCE . Em 19/05/2021 - 14:00h  |  Atualizado em:  19/05/2021 - 14:05h

Operação Akuanduba da PF apura crimes em órgãos ambientais
Foto: © Marcelo Camargo/Agência Brasil
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A Polícia Federal deflagra, nesta quarta-feira (19), a Operação Akuanduba, que visa a apuração de crimes contra a administração pública, como corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e, especialmente, facilitação de contrabando, praticados por agentes públicos e empresários do ramo madeireiro.


Está previsto o cumprimento de pelo menos 35 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e nos estados de São Paulo e Pará. A ação conta com um efetivo de 160 policiais federais e todas as medidas estão amparadas por determinações do Supremo Tribunal Federal (STF).


Dentre os investigados que são alvos da Operação e do cumprimento de mandados de busca e apreensão, estão o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Eduardo Bim.


Além das buscas, o STF determinou o afastamento preventivo de 10 agentes públicos ocupantes de cargos e funções de confiança tanto no IBAMA quanto no Ministério do Meio Ambiente. O ministro Alexandre de Moraes autorizou também a quebras dos sigilos bancários e fiscais de Ricardo Salles e de funcionários do IBAMA.


As investigações foram iniciadas em janeiro deste ano, quando informações obtidas junto a autoridades estrangeiras levantaram indícios da existência de possíveis desvios de conduta dos servidores públicos brasileiros no processo de exportação de madeira.


Akuanduba, que dá nome à operação, é uma divindade da mitologia dos índios Araras, que habitam o estado do Pará. Segundo a lenda, se alguém cometesse algum excesso, contrariando as normas, a divindade fazia soar uma pequena flauta, restabelecendo a ordem.