Polícia Civil do Maranhão apoia investigadora agredida no Ceará e pede punição de culpados

A Delegacia Geral da Polícia maranhense está acompanhando o caso também.

Polícia Civil do Maranhão apoia investigadora agredida no Ceará e pede punição de culpados
© Reprodução/Redes Sociais
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O delegado-geral de Polícia Civil do Maranhão, Jair Paiva, divulgou hoje que a corporação está acompanhando de perto o caso da investigadora policial de 53 anos que foi agredida a pauladas durante um curso tático no Ceará. Em pronunciamento ao jornal Diário do Nordeste, ele expressou confiança de que os detalhes serão esclarecidos e os responsáveis serão responsabilizados.

Paiva destacou que a Polícia Civil do Maranhão tem trocado informações e documentos com a corporação cearense. Após prestar depoimento na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) em Fortaleza, a policial agredida em 8 de junho também foi ouvida na Delegacia Geral de São Luís, ao retornar para casa.

"Por fim, a PC-MA ressalta que já formalizou um pedido de apuração do ocorrido junto à Polícia Civil do Ceará que investiga o caso. O fato está sendo acompanhado pela Delegacia Geral de Polícia do Maranhão", diz nota da corporação do Maranhão. 

Nas redes sociais, o governador do Maranhão, Carlos Brandão, expressou apoio ao caso da mulher agredida, enfatizando que o Sistema de Segurança Pública do estado está acompanhando de perto o desenvolvimento do caso e fornecendo todo o apoio necessário à vítima. Ele também agradeceu à colaboração da Polícia Civil cearense.

No Ceará, o governador Elmano de Freitas também está acompanhando o crime e determinou a exoneração do então diretor-geral da Academia Estadual de Segurança Pública (Aesp), coronel da PM Clauber Wagner Vieira de Paula. O órgão foi responsável pela organização do Curso Tático Policial Feminino (CTAP).

No dia 8 de junho, durante a 3ª edição do CTAP, promovido pela Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará (Aesp), uma investigadora da Polícia Civil do Maranhão de 53 anos, que não teve sua identidade revelada, foi agredida a pauladas por um instrutor policial de Tocantins. Ela apresentou hematomas nas nádegas e relatou o incidente em suas redes sociais após solicitar seu retorno ao estado maranhense.

A agente de segurança, que possui 14 anos de experiência nas forças de segurança, declarou ao Diário do Nordeste que o agressor a chamava de "velha" durante as pauladas, com o objetivo de exercer "pressão psicológica".

Ela informou que solicitou seu desligamento da instrução e retornou ao alojamento, onde foi abordada pela coordenação do curso e por policiais. Eles apresentaram desculpas e pediram que ela voltasse às aulas, porém, de acordo com a investigadora, o trauma da agressão a deixou com medo.