Tribunal internacional emite mandado de prisão contra Vladimir Putin
Acusação de crime de guerra decorre do envio de crianças ucranianas à Rússia. Moscou classificou decisão como "sem sentido" e "insignificante".
Redação GCE 
O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu um mandado de prisão contra o presidente russo, Vladimir Putin, nesta sexta-feira (17), acusando-o de crimes de guerra cometidos na Ucrânia.
De acordo com a comissária presidencial para os direitos das crianças na Rússia, Maria Alekseyevna Lvova-Belova, o TPI também emitiu um mandado de prisão para ela. O TPI alega que Putin é responsável pela "deportação ilegal de população (crianças) e transferência ilegal de população (crianças) de áreas ocupadas da Ucrânia para a Federação Russa", crimes que teriam ocorrido em território ucraniano ocupado desde fevereiro de 2022.
A presidência ucraniana recebeu a notícia com satisfação e afirmou que "este é apenas o começo". Já Moscou classificou a decisão como "sem sentido" e "insignificante", afirmando que as decisões do TPI não têm qualquer obrigação para com o país.
O mandado de prisão vem depois de o jornal New York Times ter noticiado, na segunda-feira, que o TPI se preparava para processar os russos por ataques deliberados a infraestrutura civil na Ucrânia e pela transferência de crianças.
O promotor do TPI, Karim Khan, afirmou no início deste mês que os supostos sequestros de crianças estavam "sob investigação prioritária". Uma investigação jornalística conjunta de diversos órgãos do serviço público europeu denunciou, no mês passado, que centenas de crianças ucranianas estão sendo levadas à força para a Rússia com a conivência do Kremlin.
Um relatório norte-americano também anunciou que cerca de 6 mil crianças ucranianas foram enviadas para campos russos de reeducação política.
Esta é uma decisão histórica do TPI e um sinal importante para a justiça internacional. O mundo aguarda com expectativa as próximas etapas deste processo.
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