Empresário é preso por fornecer equipamentos hospitalares falsificados em Quixeramobim, Ceará

Suspeito é capturado após denúncia de empresa de equipamentos médicos e enfrenta acusações de crime contra a saúde pública.

Empresário é preso por fornecer equipamentos hospitalares falsificados em Quixeramobim, Ceará
© Divulgação/PCCE
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Na última terça-feira (25), um empresário de 52 anos foi preso em Fortaleza, Ceará, por suspeita de fornecer equipamentos hospitalares falsificados para uma unidade de saúde em Quixeramobim, cidade localizada no interior do estado. A prisão ocorreu por força de um mandado de prisão preventiva, após investigação da Polícia Civil a partir de uma denúncia feita por outra empresa, detentora dos direitos de comercialização de uma marca de equipamentos médicos.

O caso ganhou destaque quando a empresa que representa a marca dos equipamentos médicos relatou a suspeita de falsificação de uma máquina em uso no hospital de Quixeramobim. A Delegacia Municipal de Quixeramobim conduziu as investigações, identificando a empresa que teria fornecido o equipamento fraudulento para a unidade de saúde. Trata-se de um instrumento crucial para coleta e análise de sangue, equipamento amplamente utilizado durante o auge da pandemia de Covid-19.

O empresário Fred Carvalho Lopes, proprietário da empresa investigada, teve a prisão preventiva solicitada pelas autoridades por suspeita de disponibilizar maquinários hospitalares falsificados. Registrou-se, ainda, que o indivíduo já possui antecedentes criminais relacionados a lesão corporal dolosa e constrangimento ilegal.

A Polícia, agindo de forma diligente, solicitou também um mandado de busca e apreensão para recolher itens que tivessem relação com o crime. Com a autorização da Justiça, os policiais apreenderam diversos insumos para exames com data de validade vencida, além de CDs, HDs, documentos e um aparelho celular, que serão submetidos a análises para corroborar as evidências.

O empresário encontra-se agora autuado por crime contra a saúde pública. A polícia continua as investigações com o objetivo de capturar outras pessoas que possam estar envolvidas no esquema criminoso, bem como identificar outras unidades de saúde que possam ter sido vítimas do suspeito.

O caso ressalta a importância de medidas rigorosas para coibir a produção e distribuição de equipamentos hospitalares falsificados, uma vez que tais ações colocam em risco a saúde dos pacientes e comprometem o funcionamento adequado das unidades de saúde. A polícia permanece empenhada em desvendar todos os detalhes desse esquema ilícito, buscando levar os envolvidos à justiça para que respondam pelas suas ações prejudiciais à sociedade.

O que diz a lei:

Art. 273 – Falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais. Com pena de reclusão, de 10 a 15 anos, e pagamento de multa. Nas mesmas penas incorre quem importa, vende, expõe à venda, tem em depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo o produto falsificado, corrompido, adulterado ou alterado.

Denúncias

A população pode contribuir com as investigações repassando informações que auxiliem os trabalhos policiais. As informações podem ser direcionadas para o (88) 3441.0302, o número da Delegacia Municipal de Quixeramobim.

As denúncias podem ser encaminhadas ainda para o número 181, o Disque-Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), ou para o (85) 3101-0181, que é o número de WhatsApp, pelo qual podem ser feitas denúncias via mensagem, áudio, vídeo e fotografia. O sigilo e o anonimato são garantidos.