Israel divulga vídeo para provar que não bombardeou hospital em Gaza; ataque deixou mais de 500 mortos

Governo israelense apresenta evidências após acusações de envolvimento no ataque a hospital em Gaza, no mais recente episódio do conflito israelo-palestino.

Por Redação GCE . Em 18/10/2023 - 09:01h  |  Atualizado em:  18/10/2023 - 09:28h

Israel divulga vídeo para provar que não bombardeou hospital em Gaza; ataque deixou mais de 500 mortos
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Na terça-feira, 17 de outubro, o hospital al-Ahli Arab, situado na cidade de Gaza, foi atingido por um bombardeio que deixou centenas de mortos e feridos, gerando uma onda de controvérsia e acusações entre as partes envolvidas no conflito israelo-palestino.

O Ministério da Saúde da Palestina inicialmente alegou que o ataque havia sido provocado por bombardeios de Israel, citando ações militares das Forças Armadas israelenses na Faixa de Gaza, que é controlada pelo grupo Hamas desde 2007.

No entanto, as Forças de Defesa de Israel (FDI) divulgaram um vídeo na mesma noite, no qual afirmam não ter tido participação no bombardeio. O vídeo mostra um míssil lançado de dentro do território de Gaza apresentando defeito e caindo em seu próprio território.

Enquanto a grande mídia internacional tem condenado Israel e acusado o país de genocídio, o governo israelense alegou não ter responsabilidade no ataque, atribuindo-o a um lançamento de ataque "fracassado" por parte da organização Jihad Islâmica Palestina. A Jihad Islâmica é conhecida por sua postura radical e por suas ligações estreitas com o Irã.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, culpou a Jihad Islâmica pelo ataque, chamando o grupo de "terroristas bárbaros."

No entanto, essa não é a primeira vez em que o grupo terrorista do Hamas usa a desinformação para atacar Israel. Recentemente o grupo acusou Israel de ter atacado uma das rotas de fuga determinada pelo próprio Israel para que civis pudessem deixar a cidade de Gaza. O grupo terrorista detonou um explosivo dentro de um carro causando mortes e ferimentos entre civis para manipular a opinião pública internacional contra o estado de Israel.

Por outro lado, organizações humanitárias como Médicos Sem Fronteiras condenaram veementemente o ataque ao hospital em Gaza, descrevendo-o como um "massacre."

Além disso, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde da Palestina, o hospital al-Ahli Arab abrigava pessoas que tentavam deixar o norte da cidade de Gaza após um ultimato emitido pelos militares israelenses. As autoridades palestinas relataram que pelo menos 500 pessoas perderam a vida devido ao atentado, embora não haja um número oficial de vítimas divulgado por órgãos internacionais.

O incidente no hospital al-Ahli Arab continua sendo um ponto de tensão significativa no conflito israelo-palestino, enquanto a comunidade internacional observa atentamente as investigações em andamento e as disputas em torno das responsabilidades pelo ataque.