Mercado financeiro desconfia de Lula e teme recessão, aponta pesquisa
Levantamento da Genial Quaest revela que 94% dos representantes do mercado financeiro não confiam no presidente e 73% consideram alto o risco de recessão no país neste ano.

A empresa de consultoria financeira Genial Quaest divulgou nesta quarta-feira (15) uma pesquisa realizada entre os dias 10 e 13 de março, com representantes do mercado financeiro de São Paulo e Rio de Janeiro.
De acordo com os resultados, 94% dos entrevistados não confiam ou confiam pouco no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além disso, 98% acreditam que a economia do país está indo na direção errada sob o governo Lula, e 78% acreditam que ela vai piorar nos próximos 12 meses.
Os resultados da pesquisa contrastam com a opinião pública divulgada em fevereiro deste ano, onde 62% das pessoas acreditam que a economia vai melhorar. De acordo com a pesquisa da Genial Quaest, 73% dos entrevistados consideram que há um alto risco de recessão no país este ano. Em relação aos investimentos externos no Brasil, 38% acreditam que permanecerá igual, enquanto 42% esperam uma diminuição.
A pesquisa também avaliou a relação do governo Lula com o Banco Central, e 90% dos entrevistados consideram essa relação negativa. Além disso, 89% temem a exoneração do atual presidente do Banco Central, Roberto Campo Neto. Ele foi o mais bem avaliado na pesquisa, com 68% dos entrevistados afirmando confiar muito em seu trabalho.
Em relação à dívida pública, 90% dos entrevistados acreditam que a política fiscal do atual governo não vai gerar sustentabilidade, e a maioria aponta que o superávit primário necessário deve permanecer entre R$150 bilhões a R$200 bilhões.
Quanto ao novo desenho do arcabouço fiscal, o mercado financeiro defende o controle de gastos e despesas como prioridade, com punição em caso de não cumprimento e estabilização/controla da dívida.
A reforma tributária também foi avaliada pelos representantes do mercado financeiro, com 91% considerando certa a decisão de unificar os impostos no IVA, e a maioria acha possível aprovar a reforma nos próximos 6 meses.
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