Obras da Transnordestina podem gerar mais 4 mil empregos no Ceará ainda este ano
Projetada para transformar a infraestrutura do estado, obra emprega atualmente quase 2 mil trabalhadores e tem potencial para triplicar o número de postos com o início de novos trechos.
Redação GCE 
Com dois trechos em obras avançadas no estado do Ceará, a construção da ferrovia Transnordestina está atualmente empregando quase 2 mil pessoas em seus canteiros. No entanto, esse número pode triplicar e atingir a marca de 6 mil postos de trabalho com o início das intervenções em outros quatro lotes.
Segundo o cronograma do projeto, os trabalhos no trecho que liga Acopiara a Itapiúna devem ter início ainda este ano. O diretor-presidente da Transnordestina Logística S/A, Tufi Daher Filho, afirma que cada lote gera de 900 a 1 mil empregos diretos. Levando em consideração que estão previstos seis trechos com obras ao longo do ano, a ferrovia poderá empregar até 6 mil cearenses.
Daher destaca que as contratações não ocorrem todas de forma imediata, mas são escalonadas à medida que as obras avançam. Atualmente, mais de 2 mil pessoas já estão mobilizadas. Com a adição dos outros quatro lotes, espera-se a contratação de mais 4 mil trabalhadores, além dos 2 mil já empregados. Esse aumento no contingente de funcionários trará grandes mudanças para a região.
No entanto, o início das novas obras ainda depende da liberação de parte dos recursos que financiam o projeto. Como as intervenções acontecem em municípios pequenos do interior do estado, onde há pouca disponibilidade de mão de obra, a companhia precisa buscar trabalhadores em diversas cidades nos arredores para atingir o contingente necessário.
Daher ressalta que a prioridade é contratar pessoas locais, sendo que 90% da mão de obra é recrutada dentro das próprias comunidades. No entanto, devido à escassez de trabalhadores em determinados municípios, a empresa precisa buscar profissionais em outras localidades.
Além de oferecer empregos diretos, a Transnordestina Logística S/A também investe no treinamento e qualificação dos profissionais contratados. Os funcionários são capacitados em especialidades como infraestrutura, construção de pontes, operação de máquinas e equipamentos, entre outras áreas.
Outro aspecto positivo é o incentivo ao emprego de mulheres em funções técnicas. A empresa tem proporcionado oportunidades para mulheres atuarem como operadoras de máquinas pesadas e caminhões basculantes. Essa iniciativa visa preparar e inserir as mulheres em espaços que tradicionalmente eram ocupados apenas por homens.
Além dos empregos diretos, estudos de impacto realizados pela companhia indicam que, para cada funcionário direto, são gerados em média cinco empregos indiretos. Considerando a estimativa máxima de 6 mil pessoas trabalhando simultaneamente, a construção da ferrovia Transnordestina contribuirá com a criação de cerca de 30 mil empregos indiretos para o estado do Ceará.
A construção da ferrovia Transnordestina representa não apenas um avanço na infraestrutura de transporte e logística do estado, mas também uma importante fonte de emprego e desenvolvimento para as comunidades locais. Com o aumento do número de postos de trabalho e a qualificação da mão de obra, espera-se que a região seja beneficiada economicamente e que esses impactos se estendam para além do período de construção da ferrovia.
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