Governo Lula repete Bolsonaro e impõe sigilo a visitas no Alvorada
A justificativa para a medida é garantir a segurança do presidente e de sua família.

A Controladoria Geral da União (CGU) recomendou que o registro de visitantes ao Palácio da Alvorada seja mantido em sigilo até o final do mandato do atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A justificativa para a medida é garantir a segurança do presidente e de sua família, já que a exposição da identidade dos convidados pode ser um risco. O governo atual tomou a decisão após a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro ter ocultado o registro de visitas à ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, na Alvorada durante seu mandato.
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) afirmou que os registros de acesso nas residências oficiais da Presidência da República a partir de 1º de janeiro de 2023 possuem classificação sigilosa no grau reservado, de acordo com a lei que protege informações que possam colocar em risco a segurança do presidente, do vice-presidente e de seus familiares.
A CGU também esclareceu que o acesso às residências de Lula e Alckmin devem ser mantidos sob sigilo, pois revelam aspectos da intimidade e vida privada das autoridades públicas e seus familiares.
Quando tomou posse, Lula prometeu acabar com os sigilos impostos pela gestão Bolsonaro, por isso, ainda em janeiro foram autorizadas as informações sobre as visitas recebidas por Michelle Bolsonaro no Palácio da Alvorada.
Em relação ao número de visitas recebidas por Michelle Bolsonaro, os registros mostram que cerca de 560 pessoas visitaram a ex-primeira-dama nos últimos dois anos da gestão Bolsonaro. Nídia Limeira de Sá, diretora de Acessibilidade e Apoio a Pessoas com Deficiência do Ministério da Educação, foi a pessoa que mais visitou Michelle, contabilizando cerca de quatro encontros por mês. A profissional de beleza, Juliene Cunha, encontrou-se com a ex-primeira-dama no Alvorada por 24 vezes, e Michelle esclareceu em suas redes sociais que a profissional era sua manicure.
Lula assumiu a presidência do Brasil em 1º de janeiro de 2023 e afirmou que um dos focos do seu governo seria acabar com os sigilos impostos pela gestão Bolsonaro. A Secretaria de Comunicação da Presidência da República afirmou que a classificação realizada pelo GSI dos registros de acesso ao Palácio da Alvorada como reservado é adotada como medida de segurança e que os dados das agendas são divulgados somente após o mandato. A questão está sendo analisada pelo Tribunal de Contas da União.
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