Novo golpe no WhatsApp: criminosos se passam por membros de facção criminosa para extorquir usuários

Um novo golpe tem tirado o sono de usuários do WhatsApp, que agora precisam redobrar a atenção ao utilizar o aplicativo de mensagens. Relatos indicam que criminosos estão entrando em contato com as vítimas, identificando-se como integrantes de facções criminosas e, por meio de ameaças e intimidação, tentam extorquir dinheiro dos usuários.

A Gazeta do Ceará recebeu recentemente relatos de usuários do município de Senador Pompeu, no interior do Ceará, que foram abordados por esses golpistas. As vítimas, que preferiram manter o anonimato, contaram que os criminosos se apresentaram como membros de uma facção criminosa conhecida, que atua tanto dentro quanto fora dos presídios.

Um dos casos relatados envolveu uma mulher que foi abordada pelos golpistas, os quais alegaram que ela havia feito uma denúncia que resultou na prisão de um membro da facção. Segundo os criminosos, em consequência dessa denúncia, havia uma ordem de execução contra ela. Para evitar o plano criminoso, a vítima era pressionada a realizar um depósito de alto valor, que seria utilizado para custear os advogados desse suposto faccionado.

Embora a vítima soubesse que nunca havia feito nenhuma denúncia, ela relatou estar extremamente assustada e ter sofrido crises de ansiedade e pânico por vários dias. Isso ocorreu porque os criminosos possuíam informações pessoais, como o nome dela e seu endereço.

Outro relato diz respeito a um homem que recebeu mensagens de áudio, e até ligações, informando que havia uma ordem de execução contra ele por supostamente ter tentado se relacionar com uma mulher casada com um membro da facção criminosa. Os golpistas afirmaram que o marido da mulher, ao descobrir a traição, a agrediu e ela estava internada em um hospital da região. Para evitar a execução, a vítima também foi pressionada a depositar uma alta quantia para custear o tratamento da suposta mulher internada.

Assustadas com a situação, as vítimas procuraram orientação policial e foram informadas de que se tratava de um golpe que tem sido aplicado nas redes sociais ultimamente. Os policiais recomendaram que elas não continuassem a conversa com os golpistas e, caso desejassem, comparecessem a uma delegacia para registrar a ocorrência.

Uma das vítimas ainda relatou que, após o ocorrido, verificou nas redes sociais se esse golpe era comum e descobriu que diversas pessoas também haviam sido intimidadas e extorquidas pelos criminosos.

"Todos os golpes são a mesma coisa. A visão que ele [golpista] diz que vai passar é que descobriu que a pessoa supostamente denunciou o tráfico e eles vão matar a pessoa. Aí com isso ele fala que quer 'entender meu lado' e cobra R$ 5 mil para não matar a pessoa", pontuou uma das vítimas. "Eles intimidam a pessoa a ponto dela ficar com muito medo, colocam a família no meio, falam que estão com seu endereço. Eu fiquei horrorizada", complementou.

É importante destacar que, por trabalharem com as redes sociais, os números de WhatsApp das vítimas ficam expostos, porém, informações pessoais e outros dados não estão disponíveis, justamente para garantir a segurança. Essa medida é recomendada por especialistas como forma de evitar ser vítima de golpes no ambiente virtual. 

Além disso, por se tratar de um golpe onde é utilizado o medo como forma de coagir as vítimas a efetuarem as transferências, é provável que os criminosos inovem no modus operandi e criem novas situações diferentes das duas relatadas nesta reportagem.

A Polícia Civil orienta que, ao receberem mensagens suspeitas desse tipo, os usuários do WhatsApp não devem fornecer informações pessoais ou financeiras aos golpistas. Além disso, é crucial buscar auxílio junto às autoridades policiais, comparecendo a uma delegacia para registrar a ocorrência e colaborar nas investigações.

Fique atento e compartilhe essa informação com seus amigos e familiares para que todos estejam alertas e possam se proteger contra esses golpes virtuais que estão se tornando cada vez mais frequentes.