Vereadores abandonam sessão da Câmara para frear projeto que cria novos cargos para concurso em Senador Pompeu
Parlamentares da oposição deixam a sessão em meio a discordâncias sobre a tramitação de projetos do Executivo.
Redação GCE 
Senador Pompeu, Ceará - Na noite desta terça-feira, dia 3, a 106ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Senador Pompeu, no sertão central do Ceará, foi palco de um episódio que chamou a atenção de todos os presentes.
Durante o transcurso da sessão, os parlamentares que compõem a oposição à gestão municipal decidiram abandonar a reunião como forma de protesto contra a tramitação em caráter de urgência de projetos de leis enviados pelo Executivo. Estes projetos tinham como objetivo a criação de cargos que serão preenchidos através do próximo concurso público, cujo edital já se encontra em processo de elaboração.
Ao invés de enfrentar as razões apresentadas pelo Executivo e justificar seus descontentamentos, os parlamentares da oposição preferiram assinar a folha de presença e, em seguida, abandonaram a sessão. Essa atitude gerou questionamentos por parte dos parlamentares da base do governo, que levantaram dúvidas sobre o comprometimento da oposição com pautas de relevante interesse público.
Membros da base do governo chegaram a afirmar que o único objetivo da oposição era tumultuar a sessão e tentar impedir a regular tramitação dos projetos.
Antes de deixarem a sessão, os parlamentares da oposição tentaram frear o avanço da matéria ao se recusarem a assumir a posição de relator da Comissão de Obras e Serviços Públicos. Na ausência de um relator, o voto foi proferido unicamente pela presidência da comissão como desfavorável.
Durante as discussões sobre a validade do parecer da comissão, que foi proferido unicamente pela presidente, vereadora Lúcia Aquino (PSDB), esta foi a primeira a anunciar sua retirada da sessão. Sua decisão foi seguida pela vereadora Márcia Zomin (PSD), pelo vereador Bil do Inharé (PT), pelo vereador Tasso Baia (PSD) e, por fim, pelo vereador Ivancelio do Sindicato (PT).
Após a saída dos parlamentares da oposição, a sessão teve continuidade, e os projetos foram aprovados pela maioria dos votos dos presentes. Permaneceram na sessão e votaram pela aprovação dos projetos os vereadores Abidias do Ó (PDT), Filho da Forquilha (PSD), Giovani Alves (PDT), Marcos do Aldenor (PDT) e Ulisses da Civil (PT).
Moradores da cidade também reagiram à atitude dos vereadores da oposição, afirmando que, mesmo que os parlamentares fossem contrários à tramitação do projeto, seu papel como representantes do povo é enfrentar e discutir a matéria, e não simplesmente "virar as costas para a população e abandonar a sessão".
O episódio, que deixou a sessão tensa e polarizada, coloca em evidência a importância do debate democrático e do compromisso dos parlamentares com seus eleitores.
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