Perda involuntária de urina caracteriza incontinência e precisa de tratamento
Médico especialista explica os diferentes tipos de incontinência urinária e como buscar ajuda médica para um tratamento efetivo.

Hoje, terça-feira, 14 de março, é comemorado o Dia Nacional da Incontinência Urinária. Esse distúrbio é caracterizado pela perda involuntária de urina pela uretra e pode afetar tanto homens quanto mulheres.
O médico urologista Gustavo Persici, que atua no Hospital e Maternidade José Martiniano de Alencar (HMJMA), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), explica que a eliminação da urina é controlada pelo sistema nervoso autônomo e que a incontinência pode ter diversas causas.
Algumas das causas da incontinência urinária incluem o comprometimento da musculatura dos esfíncteres ou do assoalho pélvico; gravidez e parto; obesidade; tosse crônica dos fumantes; quadros pulmonares obstrutivos que geram pressão abdominal; problemas de saúde que afetem a bexiga; e procedimentos cirúrgicos, entre outras.
No caso das mulheres, a modalidade mais comum é a conhecida como "incontinência de esforço", ocasionada pela fragilidade do assoalho pélvico, musculatura que sustenta a bexiga. Essa condição pode ocorrer depois de partos vaginais, por obesidade ou qualquer condição que aumente a pressão abdominal, como tosse repetida e constipação. Por isso, exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico e prevenção do aumento da pressão abdominal são importantes medidas para evitar esse tipo de incontinência.
Já nos homens, uma causa comum é a cirurgia de prostatectomia radical, realizada para retirar completamente a próstata e as vesículas seminais devido ao câncer de próstata. Depois dessa intervenção, a glândula fica muito próxima do esfíncter, o que pode enfraquecê-lo. Como resultado, muitos pacientes passam alguns meses com incontinência, mas a maioria se recupera. Alguns pacientes, no entanto, podem ficar com o problema de forma definitiva e precisar de tratamentos específicos.
A incontinência urinária pode se apresentar de forma leve, moderada ou grave, e cada caso deve ser cuidado de forma individual. Alguns pacientes podem precisar apenas de medicação, outros de fisioterapia, e ainda há casos cirúrgicos.
“O mais importante é que a pessoa que tem perda involuntária de urina procure ajuda médica para diagnóstico e tratamento o quanto antes”, alerta o especialista.
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