Após fiscalização do MPCE, Prefeitura de Juazeiro do Norte alega falta de tempo para distribuição de medicamentos

Fiscalização do Ministério Público constata carência de suprimentos em unidades básicas de saúde da cidade e prefeitura justifica atraso na distribuição dos produtos.

Por Redação GCE . Em 15/05/2023 - 18:26h  |  Atualizado em:  15/05/2023 - 18:26h

Após fiscalização do MPCE, Prefeitura de Juazeiro do Norte alega falta de tempo para distribuição de medicamentos
© Reprodução/PMJN
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A Prefeitura de Juazeiro do Norte se pronunciou após uma fiscalização do Ministério Público do Ceará (MPCE) ter apontado a escassez de medicamentos e insumos nos postos de saúde da cidade. De acordo com a administração municipal, a falta de "tempo hábil" foi o principal motivo para a não distribuição dos produtos.

O MPCE realizou inspeções nos dias 8 e 10 deste mês e constatou a ausência de suprimentos nas unidades básicas de saúde Frei Damião I, II e III, Eduardo Grangeiro Fernandes (Dudu) IV, Tiradentes II e IV, João Cabral I e III. Essa situação inviabilizou a realização de procedimentos clínicos e cirúrgicos básicos. Além da deficiência de insumos, o órgão também identificou a ausência de canais institucionais de telefone para o agendamento de exames e consultas dos pacientes. As marcações dependiam dos aparelhos pessoais dos funcionários.

A Secretaria de Saúde de Juazeiro do Norte (Sesau) emitiu uma nota, na qual informou que os medicamentos adquiridos no primeiro trimestre de 2023, por meio do Programação Pactuada Integrada (PPI), foram recebidos pelo município apenas no dia 7 de maio, impossibilitando a distribuição tempestiva para as unidades de saúde.

A escassez de medicamentos e insumos nos postos de saúde é um problema grave que afeta todo o país, e a realidade em Juazeiro do Norte não é diferente. Espera-se que a prefeitura tome medidas imediatas para garantir o acesso da população aos serviços de saúde básicos e essenciais. O Ministério Público do Ceará continuará acompanhando a situação de perto e tomará as medidas necessárias para assegurar que a população tenha acesso à saúde de qualidade.

A falta de tempo alegada pela prefeitura como justificativa para a não distribuição dos medicamentos e insumos levanta questões sobre a gestão e planejamento do município. É importante que sejam adotadas medidas para melhorar a logística de abastecimento e distribuição, a fim de evitar que a população seja prejudicada pela falta de recursos básicos de saúde.

O MPCE também ressaltou a falta de canais de comunicação institucionais para o agendamento de exames e consultas, destacando que essa dependência dos aparelhos pessoais dos funcionários pode comprometer a organização e o acesso dos pacientes aos serviços. É fundamental que a prefeitura estabeleça mecanismos adequados para o agendamento, garantindo a eficiência e a transparência no atendimento à população.