Polícia Federal investiga prefeitura no Ceará que concede ilegalmente porte de arma de fogo
Prefeitura de Acarape criou carteira de porte de arma ilegal para prefeito e guardas municipais, mas o documento não tem validade, conforme a investigação.

Na manhã desta quinta-feira (29), a Polícia Federal (PF) realizou o cumprimento de 22 mandados de busca e apreensão em Acarape, município localizado na região do Maciço de Baturité no Ceará. A ação teve como alvo um esquema criminoso relacionado à concessão ilícita de posse e portes de arma de fogo na região. Além de Acarape, os mandados também foram cumpridos nas cidades de Fortaleza, Maracanaú e Pacatuba, pertencentes à Região Metropolitana.
A operação, denominada Eikasia, contou com a participação de 150 policiais federais e foi autorizada pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região em Acarape.
Segundo informações fornecidas pela Polícia Federal, as investigações revelaram indícios de crimes de responsabilidade por parte do prefeito, envolvendo falsidade ideológica e usurpação de função pública. O prefeito e guardas municipais de Acarape teriam obtido, de maneira indevida, o porte de arma de fogo através de carteiras que os habilitavam ilegalmente. Vale destacar que o porte legal de armas de fogo para guardas municipais só pode ser concedido pela Polícia Federal.
A Polícia Federal ressaltou que as condutas dos investigados podem configurar, em tese, os crimes de responsabilidade do prefeito, usurpação de função pública, falsidade ideológica, porte, posse e comércio ilegal de armas de fogo, acarretando em penas que podem chegar a 30 anos de prisão.
A operação recebeu o nome de Eikasia, termo utilizado pelo filósofo Platão para descrever a relação dos indivíduos com as aparências e simulacros da realidade. As investigações permanecem em andamento, incluindo a análise do material apreendido durante a operação.
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